quarta-feira, agosto 26, 2009

Fwd: [tvzona] poesis

---------- Forwarded message ----------
From: Laurent Gabriel <laurentgabriel@gmail.com>
Date: 2009/8/7
Subject: [tvzona] poesis
To: tvzona <tvzona@yahoogrupos.com.br>


Essa a volta necessária. A folha branca, leve e maldita. Dor trespassa
o peito e se atravessa. Se sai atravessado pelas ruas, branco, pobre e
maldito. Poesia o que move e comove, poesia como o que cala, tudo o
que cala. Tudo que não move. Essa a escolha afirmada, a afirmação
negativa e ainda assim caminhante. Guerrilha não é fruto de sonho, mas
do rabiscar insistente e vagabundo. O caminho é vermelho, serpenteia e
às vezes beija a própria lua. De resto se escorre, se esperneia e
gargalhos. Se entrega e desses braços faz se vida, bandeiras e
afrontas. E todo o resto que não é porrada, porque porrada seria menos
óbvio, palavra seria menos corriqueiro. Palavra essa soma que pulsa no
peito, que faz acordar de pau duro. Palavra isso tudo que acorrenta,
que machuca quando não era pra ferir tão fundo. A poesia se move além
de mim. Está além e eu sou só mais um passarinho na gaiola. Poesia
isso que atravessa e segue em frente. Lá vamos nós e mais uma vez
qualquer dia. A repetição não leva a lugar algum. A repetição em si
que é o segredo da pulsação. O asë da palavra não se explica, deixa
tremendo, seria isso o que chamam de felicidade? As respostas não
estão no vento e nem lá fora, olhando mais fundo e mais dentro,
puxando mais forte. A volta necessária à folha branca que não vejo tem
tempo, apesar de toda a soma do mundo e só usando pra carne, essa
ilusão violenta e agradável. Essa ilusão en passant, e se brotar na
curva até rola um sorriso. Ao deus o reino, o poder e a glória, pra
vocês o rabisco, palavra não feito verbo, mas como carne. Carne e
sacrifício, essa ladainha do poeta e todo o resto é besteira, as
pessoas são chatas, as pessoas são belas, hoje é sexta feira e é lua
cheia. A lua está cheia e o deus em mim sorri vermelho e sacana.
Porquê eu sou Sol e brilho. Me espalho e o foco é num amanhã mais
bacana. Por sacanagem e putaria é que se faz um bom poema. Na carne e
entre tudo isso que quer dizer coxas. Molhado e misturado e se as
potências do vento permitirem, será de chuva. Molhado e melado, todo
meladinho, o corpo está selado. Em cima, em baixo e aos quatro ventos.
O corpo está fechado pelo fogo e por tudo que não é raiva. Isso, não
espanto. Não me armo inteiro pra sair bacana em foto, o riso é feito
do tanto e nunca do tão diminuto. Há um mundo no fundo, movimento e os
avantes. Há os minutos que passam, há os poemas que se perdem, há
sacanagem, há abraços que valem demais e sobre isso não quero mais
falar nada. Tremo só de pensar em tudo isso que quer dizer a poesia.
Fico nervoso e é por vezes demais embriagado que trilho outro caminho
do demônio, essa outra estrada da luz. Não o dual e sim o múltiplo, o
multiplicável, as setas saem do peito e vão-se embora. Por que todo o
resto é partida, se-mandar-picar-a-mula, se jogar de cabeça no poema
até esquecer o próprio nome, esquecer de tudo e escrever de novo.
Escrever de novo. Escrever de novo. Escrever de novo. Complicado é a
força que é dar seqüência. Teu nome pulsa no meio e não é disto, e é
justamente por isso, que pulsa o poema. O reverb das palavras no
peito, 23 as letras e o resto atravessado no peito. O resto todo que
se atravessar na frente, cai. Porque poeta aprende cedinho a bater e
segue a vida quebrando. Dando soco em ponta de faca e derrubando muros
na testa com porra e sangue; suor se gasta na cama e correndo pra
pegar o ônibus. A pulsação começa no saco, depois sobe até o braço. Há
força demais nesse texto, há força demais em qualquer canto. A
terceira dimensão é feita de quatro cantos, milhares de quatro cantos,
milhares os cantos dessa folha. Poesia é o que trapaceia, que se veste
de santo pra poder derribar gigante, se farreia de valente pra colher
as minas no pé, se transveste de gigante pra enfrentar o cão negro da
montanha. As palavras se completam numa dança louca, os corpos estão
nus, as bocas escancaradas e sem dentes, eis que o sabat começa. Os
cães se degladiam, os clãs se formam e vão-se embora. Não há tempo,
tempus fugit, o tempo vai se embora e não arrasta. A base é firme. A
base é soma e a multiplicação da soma em si. As duas cobras mordendo
os próprios rabos. Há um cristo em mim e hoje ele está bem brabo. Meu
deus é feito de sangue. Espiral que vai girando, esse furacão em mim
agora e sempre. Poesia como expansão da minha própria consciência. Se
jogar na folha dói demais, sorriam pois! Eis o sangue de um valente,
mais um sangue corriqueiro, desses de banca de jornal e propaganda da
colgate. Essa alegria incontida parece até felicidade. Não se enganem,
riso pra mim é feito de raiva. Invocar então tudo isso que é lobo, a
personificação mesma da caça, pela liberdade e pela fúria e ir se
embora. Ontem eu beijei três, não levei nenhuma pra cama, tou mais pra
sacanagem do quê pra acordar junto. Hoje, tou com a lua e ando pelas
sombras, meu riso é feito de muito, de tanto e de tão pouco. Raiva
alguma, o caminho é feito de coca cola e de frango de padaria. O que
não me empurra à frente, jogo além do círculo e que queime. Burn,
baby, burn! Não há escolhas boas ou escolhas ruins, tudo faz parte,
tudo se junta, tudo se mistura e tudo se transforma, a certeza atrás
do poema, é outra. Não é feita de saudade, nem de gargalhos. A certeza
é fruto do muito, do tamanho, do imensurável. A certeza é fruto de
trabalho. Volto a folha depois de tempo e olha que foi tanto. Não esse
que chamam de assassino, mas no brilho por trás desses olhares.
Escrevo porquê sou e olhe lá, a pica é grossa, a propaganda não é
enganosa, esse caminho não é pra qualquer um. Tem que ter muito
culhão, peito de aço e saber os segredos do fogo é um puta
diferencial. Fazer as coisas diferente é complicado. Escrevo porque
sou e vou-me embora porque eu também aprendi a ser meu próprio vento.
Sopro e movimento. Dou um beijo e vou embora. Escrever é mais a arte
do partir do que qualquer chegar e olha que eu cheguei bonito. E vou
embora. Que a caçada seja boa pois a lua está vermelha. FUI.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Fwd: DUREX: CLARISSE TARRAN E PEDRO PAULO DOMINGUES



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From: DUREX <info@durexart.com>
Date: Fri, Aug 14, 2009 at 4:04 PM
Subject: DUREX: CLARISSE TARRAN E PEDRO PAULO DOMINGUES
To: GRUPO <info@durexart.com>



Fwd: [tvzona] Fwd: Electric Panties - PunkAss's radio show!



 

Subject: Fwd: Electric Panties - PunkAss's radio show!

(mamãe orgulhosa divulgando:)


Esse email é para dizer a todos que agora eu tenho um PROGRAMA DE RÁDIO! (pra quem ainda nao sabe...)
É numa radio online - www.radiogruta.com - toda sexta das 18-20:00

Panties é tudo sobre música eletronica - do shill out ao psy. Cada show vai explorar um gênero da e-music e vai trazer um convidado especial que vai colocar pra gente um set de uma hora para apreciarmos e começarmos o finde com tudo!

Tô super feliz de começar o programa amanhã - e para o 1º show vou estar fazend um set super especial de 2 horas indo do breaks atmosférico ao psy, passando por house, electro, techno, acid... tipo uma provinha do que o Electric Panties será!

Entrem no site, batam papo no chat, vou ficar mega feliz se aparecerem poe lá!

Beijos a todos!!!




quinta-feira, agosto 13, 2009

Fwd: GrupoUM + Opavivará!: MOITARÁ - SÁBADO,15 de agosto,18h. Barracão Maravilha



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From: julio callado <jucallado@gmail.com>
Date: 2009/8/12
Subject: GrupoUM + Opavivará!: MOITARÁ - SÁBADO,15 de agosto,18h. Barracão Maravilha
To:



MOITARÁ 1 ano!
15 de agosto de 2009 
Barracão Maravilha. Av. gomes freire 242s, centro. Rio de Janeiro.
das 18 às 22h.

As tribos GrupoUM e OPAVIVARÁ! comemoram 1 ano desta versão remix-pop-cult-hibrid-web do ritual celebração ancestral indígena que já passou por São Paulo, Londres, Paris e Tel Aviv.
Os artistas viajaram levando consigo os Moitarás, artefatos de cerâmica criados pelo grupo. As peças são trocadas por outros objetos, ações, idéias, textos, sonhos ou delírios.
Para o grupo, é criado um acervo de trocas que está organizado no blog moitara.wordpress.com. Para o participante fica a administração pulverizada deste objeto. 

>> A introdução de uma dinâmica social atípica como ação performática de troca. // A inserção de uma moeda sem lastro abre o campo da negociação ideológica. // A valorização e o poder de troca não são pré-determinados por um mercado, e sim pelos integrantes do grupo e os participantes. // Cada um dá o dom que tem e a abundância universal os multiplica. 
 
Moitará >> do tupi guarani troca, escambo. Constitui uma ocasião em que tribos diferentes acampam no mesmo local. É um ritual de troca de artefatos ligados à especialização manufatureira, realizado entre os índios de diferentes etnias. Os atos da troca nesses acontecimentos não se limitam ao índice comercial: cada tribo, consciente de sua individualidade e seu valor enquanto etnia coloca seus objetos à circulação. Tais ações contribuem efetivamente para a valorização de cada cultura em particular e para a manutenção dos valores básicos comuns a todas as tribos, garantindo relações pacíficas e cíclicas entre as diferentes identidades culturais.