FW: [tvzona] câmara setorial

-----Original Message----- From: tvzona@yahoogrupos.com.br [mailto:tvzona@yahoogrupos.com.br]On Behalf Of fabiana éboli santos Sent: Sunday, June 12, 2005 7:45 PM To: grupo; TVZona - grupo Subject: [tvzona] câmara setorial

Gente, dia dos namorados é todo dia! Abaixo, algumas reflexões sobre o assunto em pauta. Bjs Fabiana

Sou a favor de termos uma representação na câmara setorial, não acho que devamos perder a oportunidade de opinar sobre as políticas públicas para o setor, porém vou colocar alguns problemas que precisam ser abordados antes. O primeiro se refere a como nos definimos e nos colocamos socialmente: somos anárquicos enquanto artistas e isso é perfeito, mas não concordo que sejamos anárquicos como cidadãos pq isso nos prejudica, passa uma imagem de alienados e doidões que vai influir exatamente para a postura de descaso e descrédito dos órgãos públicos com os artistas e as artes visuais. Um tipo de desrespeito com a "classe" artística que vem acontecendo ao longo dos anos e vimos recentemente no episódio Sergio Porto. O ser cidadão, no caso, é assumir a responsabilidade de elaborar os temas de interesse coletivo, um exercício meio chato, às vezes, mas fundamental para que a nossa classe seja reconhecida como um segmento social organizado que pensa suas questões. O que poucos de nós, hoje, fazem. Se não, vamos continuar reclamando e protestando depois que tudo já aconteceu. Para quem não quer ser um segmento social organizado, lembro que quando se juntam para agenciar financiamentos e eventos agem como tal - não são nada anárquicos. Pq não ampliar? Quem se une para agenciar pode se unir tb para pensar políticas. Eu acho que tem uma coisa aí de maioridade que precisa ser atingida: uma relação com o Estado que não seja paternalista. É obrigação do Estado dar suporte às manifestações artísticas? É. Mas em que medida, a quais, por quanto tempo, porque, cabe a nós dizer, nós é que temos que subsidiar o financiamento deles. Subsidiar no seguinte sentido: fundamentando, convencendo-os de que é importante dar suporte ao nosso trabalho sério, influindo na formação de uma mentalidade que compreenda arte contemporânea. Outra coisa é o seguinte: definir o que é "artes visuais". Quem define? Se vamos participar, nós é que devemos delimitar isso, excluindo as atividades que não compreendemos como tal. Ou, se já há uma pré-definição deles, nós precisamos definir o nosso segmento. Trata-se tb de uma disputa por recursos, não esquecer... Se não, daqui a pouco estaremos sendo representados por designers empregados de alguma empresa de propaganda e marketing que, por definição (empresa capitalista de mercado), nem deveria estar presente na câmara setorial. Será que a Funarte e a pp câmara setorial é que vão definir quem estará lá? A idéia não é essa, parece, e espero que não sejamos nós a deixar que isso aconteça. Assim, penso que mesmo que resolvamos não participar, isso deve ser uma posição e não uma omissão. Sendo a favor de participarmos, quero sugerir o seguinte: sejam reunidos poucos pontos consensuais, preliminares, para definir nossa participação. Quem somos, o que fazemos, o que falta para um exercício digno da nossa atividade e o papel do estado. Qq coisa assim, para começar, depois, com o retorno dos representantes a nós, desenvolvemos as questões. O texto apresentado pela Clarisse é ótimo, mas algumas coisas já defasaram e tem muito diagnóstico. É útil para recolocar algumas questões na nossa cabeça, mas agora é preciso mais objetividade. Então vou ser objetiva: quem se candidata? Acho legal quem se candidatar fazer uma espécie de plataforminha (...): colocando esses pontos que eu sugeri ou outros. A gente vai lendo e discutindo até chegar no básico. E o candidato deve se comprometer com isso! Levar para lá e depois trazer o retorno, a discussão, as propostas feitas e as aprovadas, etc. O que acham? (Patrícia, volte à luta!) abs Fabiana Santos

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